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CONCERTO DE PIANO E CANTO

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Atração: 
pianista e Prof. Dr. Daniel Vieira e o o tenor e o Tec. Esp. Tiago Costa
Data: 
quinta-feira, 5 Agosto, 2021 - 17:00 à 18:00
Local: 
Sala Ettore Bósio (Av. Gentil Bittencourt, 977)
Descrição: 
Amanhã (05.08) será realizado mais um recital do Bacharelado em Música do IECG, com a participação do pianista e Prof. Dr. Daniel Vieira e o o tenor e o Tec. Esp. Tiago Costa. O recital será às 17h, na Sala Ettore Bósio.
Serão disponibilizados 40 lugares para assistir presencialmente ao evento. Para garantir a vaga, os interessados devem preencher o formulário indicado no link: https://docs.google.com/.../1FAIpQLSeDGHy2cPUcso.../viewform
Uma lista de espera com 15 pessoas será organizada e, assim que for atingido o limite de 55 pessoas inscritas no formulário, o preenchimento do mesmo será encerrado. A confirmação da vaga será via mensagem instantânea e/ou e-mail.
Realizado pelo curso de Bacharelado em Música do IECG, o recital vai ser gravado e publicado nas redes sociais para contemplar aqueles que não puderam estar presentes.
Seguindo as medidas de prevenção contra o COVID-19, é necessário o uso de máscara e álcool nas dependências do IECG e Ettore Bósio, além da manutenção do distanciamento a ser estabelecido na sala. Não será permitida a estadia no Instituto após o evento.
RECITAL DE PIANO E CANTO, COM O PIANISTA E PROF. DR. DANIEL VIEIRA E O TENOR TEC. ESP. TIAGO COSTA
Dia: 05.08.2021 (amanhã)
Hora: 17h
Local: Sala Ettore Bósio (Av. Gentil Bittencourt, 977)
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PROGRAMA
ROBERT SCHUMANN – (1810-1856)
DICHTERLIEBE, opus 48
(Amor do Poeta)
I. Im wunderschönen Monat Mai
(No Maravilhoso mês de maio)
II. Aus meinen Tränen spriessen
(Das minhas lágrimas brotam)
III. Die Rose, die Lilie, die Taube
(A rosa, o lírio, a pomba)
IV. Wenn ich in deine Augen seh’
(Quando eu olho nos teus olhos)
V. Ich will meine Seele tauchen
(Eu quero mergulhar a minha alma)
VI. Im Rhein, im heiligen Strome
(No Reno, no sagrado rio)
VII. Ich grolle nicht
(Eu não te guardo rancor)
VIII. Und wüssten’s die Blumen, die kleinen
(E se as flores, as pequenas, soubessem)
IX. Das ist ein Flöten und Geigen
(Ao toque de flautas e violinos)
X. Hör’ich das Leidchen klingen
(Quando eu ouço a pequena canção)
XI. Ein Jüngling liebt ein Mädchen
(Um jovem ama uma donzela)
XII. Am leuchtenden Sommermorgen
(Numa radiosa manhã de verão)
XIII. Ich hab’im Traum geweinet
(Sonhando chorei)
XIV. Allnächtlich im Traume seh’ich dich
(Todas as noite eu sonho eu te vejo)
XV. Aus alten Märchen winkt es
(Dos velhos contos de fadas)
XVI. Die alten, bösen Lieder
(As velhas, maléficas canções)
Dichterliebe – Heine (Tradução das poesias das canções)
Amor do poeta - Heine
I. No maravilhoso mês de maio, quando os botões se abriam,
foi então que no meu coração o amor desabrochou.
No maravilhoso mês de maio, quando todos os pássaros cantavam,
foi então que eu confessei a ela minha ansiedade e desejo.
II. Das minhas lágrimas brotam muitos botões que florescem,
e os meus suspiros se converterão em um coro de rouxinóis.
E se tu me amares, pequena, eu hei de oferecer-te todas as fores
e diante da tua janela soará a canção do rouxinol
III. A rosa, o lírio, a pomba, o sol eu os amei a todos outrora no êxtase do amor.
Eu não os amo mais, eu amo apenas a pequena, a bela, a pura, a única,
Ela própria, todo encanto do amor, É a rosa, o lírio, a pomba e o sol.
Eu amo apenas a pequena, a bela, a pura, a única, a única!
IV. Quando eu olho nos teus olhos, desaparece todo o meu sofrimento e a minha dor;
Mas quando eu beijo a tua boca, eu, então, fico completamente curado.
Quando eu me apoio no teu peito, eu sou tomado como que por um prazer celeste
mas quando tu dizes: eu te amo… Então, eu só posso chorar amargamente.
V. Eu quero mergulhar a minha alma no cálice do lírio,
O lírio deve soar, exalando uma canção da minha mais querida.
A canção deve estremecer e vibrar como o beijo da sua boca
O beijo que ela me deu outrora numa maravilhosa e abençoada hora!
VI. No Reno, no sagrado Rio, reflete-se nas ondas
Com sua grande catedral a imensa e sagrada cidade de Colônia.
Na catedral há um retrato sobre couro dourado pintado;
Na minha confusa vida ele irradia a forma amigável.
Pairam flores e anjinhos à volta de Nossa Senhora;
Os olhos, os lábios, as pequenas faces são semelhantes aos da minha amada.
VII. Eu não te guardo rancor ainda que o meu coração se despedace,
Ó minha amada para sempre perdida! Eu não te guardo rancor.
E por mais que brilhes no esplendor dos diamantes,
nenhum raio pode mergulhar na noite do teu coração.
Isso já sei há muito tempo. Eu te vi em sonho,
e vi a noite no recinto do teu coração
e vi a serpente que no teu coração te devora,
e vi, meu amor, quão miserável tu és.
VIII. E se as flores, as pequenas, soubessem
quão profundamente o meu coração foi ferido,
elas chorariam comigo, para curar a minha dor
E se os rouxinóis soubessem, quão triste e doente eu estou,
eles cantariam alegremente uma reconfortante canção.
E se do meu sofrimento soubessem as pequenas estrelas douradas,
elas viram das suas alturas e me diriam palavras de consolo
Mas todas elas não podem saber só uma conhece minha dor
Ela própria despedaçou, despedaçou-me o coração.
IX. Ao toque de flautas e violinos, ao som de trombetas retumbantes;
parece que dança a roda nupcial a mais querida do meu coração.
Ao som de retinidos e ribombos, ao som de timbales e charamelas
em meio a isso soluçam e suspiram os pequenos e amáveis anjos.
X. Quando eu ouço a pequena canção que outrora a minha amada cantou,
Eu sinto que o meu peito se despedaça de selvagem e dolorosa pressão.
Impele-me uma obscura saudade la para cima, para as alturas do bosque
E lá se dissolve em lágrimas a minha enorme dor.
XI. Um jovem ama uma donzela, mas ela havia escolhido um outro,
este outro ama uma outra e com essa se casou.
A jovem tomada de raiva, casa com o primeiro
que no caminho lhe aparece, e o jovem está mal.
É uma velha história, mas que continua sempre nova;
E quem acaba a passar por isso fica comum coração partido em dois.
XII. Numa radiosa manha de verão eu vagueio no jardim.
Murmuram e segredam as flores, mas eu caminho silencioso.
Murmuram e segredam as flores, e me olham com compaixão:
Não odeies a nossa irmã, tu, triste e pálido homem!
XIII. Sonhando chorei: Eu sonhei que tu jazias na sepultura.
Eu acordei, e as lágrimas ainda deslizavam-me pela face abaixo.
Sonhando chorei: eu sonhei que tu me deixaste.
Eu acordei, e eu chorei ainda por muito tempo, amargamente.
Sonhando chorei: eu sonhei que tu ainda me querias.
Eu acordei, e ainda agora corre a torrente de minhas lágrimas.
XIV. Todas as noite em sonho eu te vejo, e vejo-te saudando-me cordialmente.
E soluçando alto me precipito aos teus doces pés.
Tu me olhas melancolicamente, e abanas negativamente a tua loura cabecinha;
dos teus olhos escapam-se furtivamente as lágrimas em gotas como pérolas.
Tu me dizes, infimamente, uma palavra suave, e me dás um buquê de ciprestes.
Eu acordo, e o buquê desapareceu, e eu esqueci a palavra.
XV. Dos velhos contos de fadas uma branca mão acena,
Tudo ali canta e ressoa de um país encantado;
Onde coloridas flores florescem na luz dourada do poente,
E amavelmente perfumadas brilham com semblante nupcial;
E verdes árvores cantam seculares melodias
Brisas em segredo murmuram, e aves aí cantam;
E imagens de bruma elevam-se da terra,
E dançam vaporosas rondas, num coro estranho;
E faíscas azuis brilham em cada folha e ramo
E vermelhas luzes se movem em errantes, confusos círculos
E fontes ruidosas irrompem do selvagem rochedo de mármore,
E estranhamente nos riachos brilha sem cessar o seu reflexo.
Ah! pudera eu ali chegar e ali alegrar o meu coração
E de todo tormento me livrar, Ser livre e bem-aventurado!
Ah! esse país de prazeres, vejo-o eu muitas vezes em sonho,
mas quando o sol da manhã aparece tudo como espuma desvanece.
XVI. As velhas, maléficas canções os sonhos ruins e terríveis,
Agora enterraremos: Busquem um grande caixão.
Dentro dele colocaria algumas coisas, mas ainda não direi o quê;
O caixão deve ser ainda maior do que o barril de Heidelberg.
E trazei um esquife com tábuas sólidas e espessas;
Também ele tem que ser ainda mais comprido do que a ponte de Mainz.
E ide buscar-me doze gigantes também, que sejam mais fortes ainda,
do que o São Cristóvão que se vê na catedral de Colônia sobre o Reno.
Eles devem levar embora o caixão e mergulhá-lo no mar
por que para tão grande caixão é necessário um vasto túmulo.
Sabei por que o caixão deve ser tão grande e pesado?
É porque nele coloquei todo o meu amor e a minha dor!
⭐Sobre Daniel Vieira-Zharbo – pianista
Recebeu o título de Doutor (2012) e Mestre (2008) em Música/Práticas Interpretativas pelo PPGMUS da UFRGS. Em 2010 realizou um estágio no exterior - PDEE, na Universidade de Aveiro - UA (Portugal), com bolsa da CAPES. É especialista em Performance do Piano e Música de Câmara pela EMBAP (2006). Possui graduação em Música - Bacharelado em Piano, pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná (2000), posteriormente, realizou o curso de Complementação – Licenciatura em Música pelo Mozarteum do Brasil (2018). Desenvolveu um Projeto de Pós-Doutorado, incluindo atuação docente, na Universidade Federal da Bahia (2014-17). Em 2015 realizou um breve período de Residência Artística na ESMAE (Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo) em Portugal. Foi Professor no Curso de Música - Piano da Universidade Federal de Uberlândia (2016-2018). Atuou como pianista colaborador no Conservatório Estadual de Música Cora Pavan Capparelli, em Uberlândia (2018-2019). No primeiro semestre de 2020 foi professor de piano e pianista correpetidor no Conservatório Municipal Maestro Paulino Martins Alves, em Ponta Grossa, no Paraná. Recentemente, após classificação e aprovação em concurso público, foi nomeado Professor de Música/Piano no tradicional Instituto Estadual Carlos Gomes - IECG, em Belém do Pará. Sua atuação artística compreende apresentações como pianista e camerista em diversos centros musicais no Brasil, na Argentina, Portugal, Holanda e Alemanha.
⭐Sobre Tiago Costa - tenor
Tiago é pós-graduado em canto com aperfeiçoamento musical no Conservatório Liceu de Barcelona, na Espanha), pós-graduado em Ópera pela ESMAE (Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo), em Portugal. É, também, especialista em Educação Musical pelo Centro Universitário Claretiano. Seu repertório abrange obras de câmara, incluindo música de Franz Schubert, Robert Schumann e Gabriel Fauré, compositores brasileiros, como Waldemar Henrique, Altino Pimenta, Cláudio Santoro e Villa-Lobos. Em Ópera, há papei de obras de Purcell, Haendel, Mozart, Rossini e Donizetti, incluindo, assim, obras do Período Barroco, Clássico e do Século XIX. Atualmente atua no quadro efetivo do Instituto Estadual Carlos Gomes, no cargo de Técnico em Canto.
 

 

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